Por Luciano Melo – 16 de dezembro
Depois que a Argentina derrotou a Polônia na fase de grupos, Enzo passava quase desapercebido pela movimentada zona mista. Um repórter o parou e perguntou: “Será que esta é a Copa do Mundo de Enzo Perez?". “Fernández”, respondeu o jogador, se afastando. Um erro inexplicável de se cometer por um jornalista. Já no planeta futebol, poucos vão esquecer do Fernández depois desta Copa do Mundo.
Enzo não fez parte da seleção argentina campeã da Copa América. Em vez disso, assistiu ao torneio de casa e sonhou em jogar com Lionel Messi. À medida que a janela da FIFA para setembro se aproximava, a imprensa argentina aumentava o lobby para que o jovem, revelado pelo River Plate e adquirido em julho deste ano pelo Benfica por € 10 milhões, fosse percebido por Lionel Scaloni. Mas jogadores experientes como Leandro Paredes , Guido Rodriguez e Exequiel Palacios estavam à frente.
Cedendo às ótimas atuações na Liga dos Campeões, Scaloni convocou Enzo Fernández para os amistosos da Argentina em setembro contra Honduras e Jamaica , nos Estados Unidos. Ele fez sua estreia na seleção principal durante o 3 a 0 da Argentina sobre os hondurenhos em Miami, substituindo Paredes aos 64 minutos e rapidamente chamou a atenção.
Enzo é alto, mas ágil na posse de bola. Ele ataca forte e pode cobrir bastante terreno, o que é ideal para um time argentino que domina a posse de bola e se abre para contra-ataques adversários. Iniciou o Mundial no banco, entrando no lugar de Paredes contra a Arábia Saudita e México. Contra este último, aos 86 minutos, num arremate no canto superior de Ochoa, marcou o gol de redeção e de sobrevivência da Argentina na Copa. Messi foi o primeiro a encontrá-lo e pular nos braços do jovem. O sonho se tornava realidade.
E seja qual for o resultado de domingo, todos já conhecem Enzo. Enzo Fernández.
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