Equipe almeja venda completa ou parcial das ações
Déficit em 2019 foi de mais de R$ 85 mi
Por Valentin Furlan — Wantage, Inglaterra
Em função da pandemia do novo coronavírus e de insucessos no asfalto nos últimos anos, a Williams anunciou em nota que está à procura de investidores ou, ainda, de possíveis compradores para as suas ações.
Em 2019, foi anunciado uma perda de cerca de 13 mi de libras (algo perto de R$ 85 mi) e tal débito pode ainda ser incrementado devido ao cancelamento de vários GPs e, consequentemente, da menor arrecadação com exibições. Mais, os portões fechados também representam uma boa parcela de baixa no valor líquido acumulado por corrida.
Em nota divulgada nesta semana, a empresa afirma que busca o "melhor futuro possível".
"As opções, que não estão limitadas, mas que têm sido consideradas, incluem captação de novo investimento, a alienação de uma parte minoritária das ações do WGPH (grupo que comanda a Williams) ou a alienação de parte majoritária das ações, que incluem possível venda de toda a companhia", dizia a publicação.
A escuderia é a segunda mais vitoriosa da história, com 8 títulos, atrás apenas da Ferrari (16). No entanto, a boa fase daquela Williams comandada por Frank Williams já é passado: nas duas últimas temporadas, foi a pior equipe da F1, amargando na lanterna da classificação das construtoras.
"Os resultados de 2019 refletem o declínio recente da nossa competitividade na Fórmula 1, que se refletiu nas receitas provenientes dos direitos comerciais", explicou o presidente do conselho de administração do grupo, Mike O’Driscoll. "A temporada de 2020 da Fórmula 1 está, obviamente, atrapalhada pela pandemia da Covid-19, o que terá um impacto nas nossas receitas comerciais deste ano", completou.
Para a temporada de 2020, Williams e Robet Kubica romperam contrato. O atleta, que quis "avaliar outras oportunidades", fechou com a Alfa Romeo. Assim, George Russel ganhou um novo companheiro de equipe e dividirá o paddock com o canadense Nicholas Latifi.
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