Tenista chama atenção pelas atitude exageradas e ofensivas, mas também por sua habilidade em quadra
Nick Kyrgios, nascido em Camberra, na Austrália, é filho de um pintor e de uma engenheira da computação que já ostentou o titulo de princesa da Malásia, irmão de Christos e Halimah e também apaixonado por basquete, esporte no qual já foi dado como promissor. Mas aos 14 anos, teve de escolher entre a bola laranja e o tênis. Influenciado por familiares, acabou por optar pela segunda opção. Ao que parece escolheu o esporte certo para competir, afinal hoje está entre os quarenta melhores jogadores do mundo e acumula 7 títulos em sua carreira. 6 deles como simples e apenas 1 jogando duplas. Apesar de tudo, é ao mesmo tempo um dos jogadores da atualidade mais criticados pelo público do tênis.
Nick já foi diversas vezes posto como um dos melhores sacadores do circuito atual. Mostra toda sua técnica em suas jogadas plásticas, estando entre os vinte melhores do planeta. Em 2015, ainda se tornou um adolescente que chegou em duas quartas de final de Grand Slam. O primeiro a conseguir isso depois de Roger Federer, em 2001, ou seja, o talento do australiano é inegável. Além disso, ele já apresentou e, pode ter certeza, vai continuar apresentando atitudes polêmicas como destruir a raquete, jogá-la no chão, bater na cadeira do juiz, isso é parte de toda sua essência, sua personalidade. Óbvio, isso é absolutamente controlável. É difícil, mas hora ou outra, essas atitudes se repetirão. Não sou “advogado do diabo”, mas será que antes de julgá-lo por infringir a cultura do jogo ou mostrar descaso para com o jogo, já pensamos sobre o porque de agir de tal maneira?
Por sofrer influência dos pais, deixou o esporte com o qual tinha maior ligação para trás. Isso não justifica suas ações, na realidade, nada do que falar aqui o faz, mas reflitam sobre. Como vocês agiriam por jogar, trabalhar ou qualquer coisa do gênero em um local, área ou esporte que não gosta, por quase metade da sua vida?
Questão difícil de responder, mas não demonstrariam interesse, a não ser que aquilo fosse uma ponte para chegar onde quer. Esse, definitivamente, não parece ser o caso atual de Kyrgios.
A verdade é que Nick parece ter, mesmo aos recém completados 25 anos, cansado do esporte, cansado de competir tênis, cansado de gente julgando suas ações e o desqualificando pelas mesmas. Suas ações são um tanto quanto desrespeitosas e anti-profissionais, entretanto, isso não faz dele um jogador de tênis ruim. Afinal, seguindo essa linha, Romário não seria um péssimo jogador de futebol e Dennis Rodman, não tão bom em basquete.
Não idolatrem o mesmo e nem que o considerem modelo a ser seguido no esporte, mas lembrem que, muito além de atleta, Nick Kyrgios é humano e assim como qualquer outro está sujeito e fadado a passar por momentos complicados. Ao invés de torcer contra e perder mais um bom jogador, porque não torcemos para que o mesmo se erga e se encontre no esporte?
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