Por Luciano Melo – 21 de dezembro
Não foram poucas as surpresas da Copa: desde a atual campeã França relançando momentos mágicos a Marrocos conquistando o posto de 'queridinho' do público.
Portanto, indo além dos ecoantes gritos de 'Meeeeessiii, Meeeeeessiii' na finalíssima, os fãs puderam gritar e falar grandes nomes do futebol mundial após atuações memoráveis no Mundial no Catar.
Por isso, montamos nossa seleção da competição. Sem mais delongas...
Goleiro
Emiliano Martínez (Argentina) – Martínez teve grande destaque em momentos decisivos na Copa. Se passou pela fase de grupo sem muito brilho, a partir das partidas eliminatórias se destacou - e muito. A última defesa contra a Austrália, o heroísmo nos pênaltis contra a Holanda e diante da França a defesa da Mundial: parou Randal Kolo Muani no último minuto da prorrogação. E ainda defendeu a penalidade de Coman. Monstro.
Laterais
Achraf Hakimi (Marrocos) e Theo Hernández (França) – A cavadinha no pênalti convertido por Hakimi contra a Espanha já está eternizada na história nos Mundiais. Nenhum lateral foi superior a ele nesta Copa, que chegou a forçar a França a uma troca tática na semifinal. Uma estrela da eterna campanha marroquina do Catar. Já a história de Theo Hernández valeria um roteiro de cinema. Na estreia, contra Austrália, Lucas Hernández machuca o ligamento do joelho aos 13 minutos. Theo assume a posição do irmão e faz um torneio impecável, desde uma inusitada parceria com Mbappé a um belo gol na semifnal contra Marrocos.
Zagueiros
Josko Gvardiol (Croácia) e John Stones (Inglaterra) – Gvardiol, o melhor zagueiro da Copa, não terá um carreira muito longa no RB Leipzig depois deste torneio. A próxima janela aguarda com muita ansiedade o destino do jovem croata. Uma leitura de jogo impecável, incontáveis interceptações e uma agilidade incomum pelo porte físico. E esqueça o drible desconcertante sofrido por Messi em que nasce o terceiro gol na semifinal: Lionel é extraterrestre. Já sem muito brilho, mas ileso de erros, Stones fez um Mundial impecável. Frio, firme e calmo, manteve o English Team com três jogos sem sofrer gols.
Meio-campistas
Nordin Amrabat (Marrocos), Enzo Fernández (Argentina) e Antoine Griezmann (França) – Amrabat é uma máquina: nunca para de correr. O embate contra Mbappé, na semifinal, parecia futebol americano: um defensor raivoso diante de um running back em busca de tackle. E foram vários, anulando o craque francês. Enzo Fernandéz dominou como poucos o meio-campo e marcou o gol de redenção e de sobrevivência da Argentina na Copa, contra o México. Já Griezmann fazia um Mundial perfeito: polivalente, armava e distribuia com maestria, além de cooperar com a marcação pelo lado esquerdo. Mas na final deixou muito a desejar, não se encontrando no jogo. Mas fez um torneio de encher os olhos.
Atacantes
Harry Kane (Inglaterra), Kyllian Mbappé (França) e Lionel Messi (Argentina) – Harry Kane foi o jogador mais inteligente desta Copa. Símbolo da regenaração da seleção inglesa, é um atacante completo. Uma pena que o pênalti desperdiçado contra a França é um peso grande a ser levado para a Eurocopa 2024. Mbappé é apavorante: hat-trick numa final de Copa, 8 gols no Catar, marcou 12 vezes em duas Copas do Mundo e tem 4 gols em duas finais. Que medo. E Messi, bem, é Messi. E só é possível uma palavra: obrigado.
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