Deshaun Watson: do banco de reservas à elite 🎖️
Por Luiz Belotti, em Houston (EUA)
11/02/2021 — 09h49
Poucos são os quarterbacks na NFL hoje em dia que podem ser considerados de elite. Patrick Mahomes com certeza está entre eles, Tom Brady demonstrou ainda estar no nível e Aaron Rodgers e Russel Wilson são jogadores que nunca caíram da prateleira. Contudo, há um nome que não podemos descartar desta lista e é definitivamente o de Deshaun Watson.
Watson foi draftado em 2017, mesmo ano de Mahomes, com a 12º escolha geral pelo Houston Texans, que vinha de diversos nomes inconsistentes como signal callers - Brian Hoyer, Brock Osweiler, Ryan Mallet e Tom Savage são alguns. Mas a chegada de Deshaun fez o time subir (muito) de nível na posição mais importante do jogo.
Em sua primeira temporada, foram sete jogos, sendo seis como titular - em seu jogo vindo do banco, o primeiro da regular season, Watson substituiu Tom Savage). Como starter, foram três vitórias e três derrotas, até sofrer uma contusão que o tirou do restante da temporada.
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Logo em seus primeiros jogos, Watson já mostrava muita confiança no pocket, uma conexão única com o ex-recebedor da equipe DeAndre Hopkins, hoje nos Cardinals, e uma habilidade em prolongar jogadas, fugindo da pressão e conquistando jardas com as pernas.
Já em seu segundo ano, uma campanha com 11 vitórias, mais de quatro mil jardas passadas, o título da AFC South e a primeira ida à pós-temporada. O adversário da vez? O rival de divisão, Indianapolis Colts, e uma derrota por 21 a 7. Mesmo com a eliminação precoce, uma coisa já estava clara: Watson poderia (e pôde) levar o time aos playoffs, mas precisaria de ajuda de sua linha ofensiva e de melhores armas para levar o time mais avante.
Terminando sua terceira temporada, mais uma campanha vitoriosa e desta vez com dez triunfos e mais uma ida aos playoffs. O time novamente chegou ao Divisional Round, mas antes teve que vencer o Buffalo Bills, na rodada de Wild Card, em partida com a cara de Watson, que escapou das pressões, saiu do pocket e conquistou jardas com as pernas. No jogo seguinte, contra os futuros campeões Chiefs, os Texans chegaram a liderar por 24 pontos, mas não foram capazes de manter o momento e caíram perante a magia de Mahomes.
Nesta última temporada, Watson teve bons números, mesmo com pouca ajuda. As trocas realizadas pelo head coach Bill O'Brien quase foram a gota d'água para o pedido para ser trocado, mas ele continuou. Além disso, liderou a liga em jardas aéreas com 4.823, além de marcar 33 TDs e terminar com o segundo maior QB Rating (112,4), atrás apenas de Aaron Rodgers.
Assim, com todas as notícias que cercam os Texans, não era de se esperar menos do que a vontade de Watson de mudar de time. O momento decisivo foi não terem incluído o quarterback nas conversas para a contratação de um novo técnico.
Encerrando com mais números, em sua carreira, Deshaun possui uma média de QBR de 71,6, maior do que o de Tom Brady em seu último ano de MVP, em 2017, por exemplo. Watosn se mostrou um quarterback de confiança, com um ótimo braço e processamento do jogo. Não sabemos para qual time ele irá, mas sabemos com certeza que o time que contar com seus serviços estará tranquilo na posição de quarterback.
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