Por Enrico Novais – 7 de novembro
Neste sábado (06), o Manchester City venceu, por 2 a 0, o rival Manchester United, em pleno Old Trafford, pela 11ª rodada da Premier League. Com gols de Bailly, que marcou contra, e Bernardo Silva, o placar foi relativamente baixo em comparação com tamanha dominância que teve o time de azul. Cancelo foi o destaque, mais uma vez.
Se complica cada vez mais a situação do Manchester United, e, principalmente, de seu treinador, Ole Gunnar Solskjaer. O time foi dominado pelo rival durante o jogo todo, e ficou claro a superioridade tática da equipe de Pep Guardiola. Logo aos seis minutos, João Cancelo cruzou na área e Bailly mandou para dentro da própria meta ao tentar cortar, em jogada que escancara o baixo nível técnico apresentado pela defesa dos Red Devils, que sofreu gols em todos os jogos em casa nesta temporada. O time liderado por Cristiano Ronaldo está agora a nove pontos do líder Chelsea.
Sem conseguir um chute a gol no segundo tempo, nunca foi tão clara a inferioridade de Ole em comparação com outros técnicos: o time defende mal, não consegue sair jogando quando rouba a bola e depende muito do camisa 7 no ataque – na Liga dos Campeões, se Cristiano não salva nos acréscimos, o time perde pontos.
Além da péssima atuação, o lado vermelho de Manchester sai da partida com uma baixa importante. Luke Shaw teve de ser substituído após choque em que foi atingido na cabeça. Em seu lugar, entrou o brasileiro Alex Telles, que cometeu um pênalti claro em cima de Gabriel Jesus na reta final da partida, mas que acabou não marcado.
Resumindo, o time é incrível individualmente, cheio de jogadores talentosos e caros, mas não segue um plano de jogo, o treinador parece estar perdido e corre grande risco de ser demitido após duas derrotas em três jogos importantes.
Pelos Citizens, uma partida quase impecável. Cancelo e Bernardo Silva mantiveram o alto nível que têm mostrado na temporada – Cancelo deu assistência para o gol de Bernardo, além de ter feito o cruzamento que resultou no gol contra de Bailly. Além da dupla portuguesa, Gündogan também jogou muito bem, deu passes importantes, marcou bem e foi fundamental para sua equipe.
A ausência de Grealish não foi sentida, muito pelo contrário. Foi positiva. Sem o ponta, o ataque do time fluiu bem em jogadas de passes rápidos e muita movimentação. A outra mudança ficou por conta de Gabriel Jesus, que entrou no lugar de Riyad Mahrez, e foi relativamente bem, levando Guardiola a quebrar a cabeça para definir quem deve jogar na direita.
Assim, o Manchester City manteve durante o embate uma marcação alta, onde pressionava o adversário a todo momento em que não tinha a bola, levando quase ao pé da letra a teórica “a melhor defesa é o ataque”. Assim que recuperavam a bola, cinco jogadores de azul apareciam no campo de ataque, quase sempre em vantagem numérica, para aproveitar o espaço deixado pelos jogadores do United. Com quase 70% de posse de bola, o City não deixou o rival jogar.
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