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Barcelona é o retrato da gestão de Bartomeu: frágil e desorganizado 👎


Messi, durante goleada sofrida para o PSG na última terça-feira — Foto: Getty Images

Barcelona é o retrato da gestão de Bartomeu: frágil e desorganizado 👎


Por Gabriel Lins, em Barcelona (ESP)

17/02/2021 — 10h04

 

Esta terça-feira (16) é (mais) uma data da qual os torcedores do Barcelona vão querer esquecer. O clube catalão foi derrotado em casa por 4 a 1 pelo Paris Sanit-Germain, pela partida de ida das oitavas de final da Champions League. Já são quatro temporadas seguidas tomando goleadas e passando vexames na Liga dos Campeões e o time do Barcelona, frágil defensivamente, mal organizado e muito abalável psicologicamente é o retrato da péssima gestão de Josep Maria Bartomeu, hoje ex-presidente do clube. O dirigente, que há poucos meses ainda presidia o clube, gastou fortunas atrás de possíveis substitutos para Neymar e fez megacontratos com jogadores que não estavam dando retorno dentro de campo. Juntos, Dembelé e Griezmann custaram 260 milhões de euros (cerca de R$ 1,7 bilhão) apenas no valor de transferências. Dinheiro este que poderia ter sido utilizado no investimento da própria base e na contratação de jogadores que repusessem aos poucos o fim das passagens de jogadores como Piqué, Busquets e Messi, além de melhorar outros setores do time. Isso não só não foi feito como também custou caríssimo ao clube catalão. Hoje, o Barcelona é uma mescla de jogadores que já passaram do seu auge há tempo e de promessas ainda não lapidadas e prontas para enfrentar grandes desafios.


A zaga que entrou em campo em Lisboa no vexame contra o Bayern de Munique, se repetiu na goleada do PSG no Camp Nou. Busquets também entrou em campo naquela partida e foi novamente titular hoje. Piqué, Busquets e Alba têm todos muita história no clube, mas fisicamente e defensivamente são facilmente batidos por qualquer um que os enfrente. E adivinhem só: não existem peças de reposição à altura do que estes já entregaram para o clube. Para piorar, Piqué e Dest estavam voltando de lesão e, mesmo assim, foram escalados por Koeman. A fragilidade do Barcelona estava pronta para mais uma vez ser escancarada. Dito e feito. Paredes e Verrati dominaram o meio campo catalão, Dest, Piqué e Busquets foram engolidos por Mbappé e Moise Kean, pelo lado direito de ataque do PSG, sobrou fisicamente para cima de Jordi Alba.


Setor defensivo do Barça teve significativas dificuldades contra os franceses — Foto: Getty Images

O futuro do Barcelona será ainda mais tenebroso. Não tem dinheiro para fazer grandes contratações, não tem recursos para reforçar o elenco frágil e provavelmente perderá o melhor jogador de sua história como consequência de sua própria derrocada. O time sofrerá no cenário nacional e continental e deixará de disputar grandes títulos. Aliás, já está deixando. Está pode se tornar a segunda temporada seguida sem taças, algo que não acontecia desde as temporadas 2002/03 e 2003/04. Os culés não devem alcançar o Atlético de Madrid na La Liga, arduamente virarão para cima do Sevilla pela Copa do Rei e, mais difícil ainda, não há prognóstico para reversão do 4 a 1 em casa contra o PSG.

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