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Análise: Os 3️⃣ pontos-chave para o City largar na frente do Dortmund rumo às semis da Champions


Citizens comemoram gol no fim, de Phil Foden, que consagrou vitória sobre alemães — Foto: Getty Images

Por Felipe Wolp Lunardelli — Manchester (ING)

 

Na tarde de ontem (06), Manchester City e Borussia Dortmund fizeram o jogo de ida das quartas de final da UEFA Champions League e os citizens venceram, pelo placar de 2 a 1, com gols de Kevin De Bruyne e Phill Foden. Marco Reus descontou para os alemães.


Pensando no jogo de volta, a partida foi sintetizada em 3 pontos cruciais para o resultado.



 

Erros na saída do Dortmund



Ao longo da partida, o Dortmund apresentou grandes problemas em construir suas jogadas. Isso aconteceu por dois motivos: o primeiro foi o bom trabalho que os ingleses fizeram em pressionar a saída dos aurinegros. A bola mal chegava aos pés do volante Emre Can, que por si só foi o segundo motivo para que os erros acontecessem. Durante toda a partida, o meia aparentava estar perdido e desligado e, com a pressão dos adversários, isso se sobressaiu. Errou passes simples e cedeu a posse para o adversário em sete oportunidades.


Com saída de bola comprometida, Haaland ficou muito tempo isolado na frente — Foto: Getty Images

Vale ressaltar que o jogador atuou boa parte da temporada como zagueiro, ao lado de Hummels, se acostumando a jogar de frente para os adversários. Voltar a atuar como volante, onde majoritariamente se busca a bola e joga de costas para o adversário, não é fácil, ainda mais contra um time de marcação alta.



 

Entrada de Gabriel Jesus


O brasileiro pode não ter participado efetivamente de nenhuma chance clara de gol, no entanto, o que se pôde ver foi que, após sua entrada, a equipe criou em 30 minutos quase que três vezes mais do que com um falso 9 - durante o primeiro tempo.


Com o trio Bernardo Silva-Mahrez-Foden, o City criou apenas três oportunidades de gol em 60 minutos de jogo. Já com a entrada de Jesus, ocupando a área, mais espaços foram criados, dando abertura para chegadas de Gündogan e De Bruyne, o que resultou em oito chances e no gol da vitória, próximo do fim da partida.



 

Passividade do Borussia


Quem apenas olha as estatísticas do jogo questiona a passividade sugerida aqui. Isso porque o Borussia teve sete finalizações, em comparação a 11 do City. Porém, o que se viu foi o contrário: os alemães apresentavam muitas dificuldades para criar jogadas, esperando que o City errasse para se criar oportunidades.

Problema algum em jogar de uma maneira mais defensiva, a grande questão é sobre parking the bus - o famoso “estacionar o ônibus à frente do gol”. Essa maneira de atuar é o retrato desse time: extremamente dependente do talento e genialidade de três ou quatro jogadores, tática que vem se mostrando pouco efetiva até aqui. É um time espaçado. É um time que comete muitos erros e pouco faz para o adversário errar.


Jogar de forma defensiva não é só esperar o time adversário errar, mas, sim, criar situações para que seu adversário erre. E poucas foram as vezes que os aurinegros fizeram isso.


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