Por Gabriel Lins, redator
Manchester, Inglaterra
Nesta terça-feira (04) um fato histórico aconteceu no Etihad Stadium. O Manchester City bateu o Paris Saint-Germain por 2 a 0 e se classificou pela primeira vez em sua história a uma final de Liga dos Campeões, que, nesta edição, será realizada em Istambul.
Sendo superior a partida inteira, os Citizens não deixaram espaços e oportunidades para o PSG fazer seu jogo e reverter o resultado de 2 a 1 na ida. Agora, o que fez esse resultado possível?
1️⃣ Mahrez on fire
Obviamente, o primeiro ponto de destaque tinha de ser o atacante argelino Riyad Mahrez. Já tinha sido decisivo ao marcar o gol da virada Citizen no Parque dos Príncipes e, desta vez, marcou os dois gols na volta. No entanto, sua contribuição foi muito além dos dois tentos que fez, visto que deu muito calor pelo lado direito de ataque, especialmente no segundo tempo, e ajudou bastante na movimentação entre os jogadores do setor ofensivo. Mais, abriu muitos espaços com suas jogadas individuais e soube também os momentos de segurar um pouco mais a bola.
Foi uma belíssima atuação do camisa 26.
2️⃣ Sistema defensivo impecável
É verdade que o Manchester City foi uma equipe muito lúcida no campo de ataque, mas muito da atuação e do resultado se deu por conta de uma enorme solidez na lá atrás.
Demonstrando em números, o PSG finalizou 14 vezes, mas nenhuma delas em direção ao gol de Ederson. De fato, o time só teve um lance real de perigo, em cabeçada de Marquinhos no travessão ainda com 18 minutos de partida. Fora isso, não deu trabalho ao goleiro brasileiro, muito por conta da grande atuação da linha de defesa, especialmente de Rúben Dias, eleito craque do jogo pela UEFA, mesmo com Mahrez anotando dois tentos.
3️⃣ Fernandinho
Ainda sobre a parte defensiva, o brasileiro foi grande novidade na escalação de Guardiola para a partida justamente no dia em que completou 36 anos. E ele teve uma excelente atuação contra o Paris Saint-Germain.
O capitão do City ficou responsável pela tarefa mais difícil: anular Neymar - e fez isso de forma muito segura. Deu botes certeiros, parou o jogo quando necessário e foi soberano na frente da grande área dos anfitriões, contribuindo bastante para o jogo pouco eficiente do PSG na partida.
4️⃣ Bola longa mortal
Não, você não leu errado. Apesar dessa arma não ser muito utilizada no estilo de jogo de Pep Guardiola, foi fundamental para o City escapar da pressão alta do PSG no primeiro tempo, que deixava vários buracos na região do meio campo. Assim, ao utilizar esses espaços, o City conseguia avançar ao campo de ataque e se aproximar da área da equipe parisiense.
Foi numa bola longa inclusive, que saiu o primeiro gol da partida. O lançamento do goleiro Ederson achou Zinchenko avançando sozinho na lateral-esquerda para iniciar a jogada que terminaria na rede balançando.
5️⃣ Marcação alta
Se o primeiro tempo foi marcado por uma característica longe do 'Guardiolismo', a segunda etapa teve como destaque o exercício da marcação alta, bem característica do estilo de jogo do espanhol e que não tinha sido tão explorada no primeiro tempo.
Pressionando a saída de bola do PSG, o City controlou a partida de forma tática, pois tinha superioridade numérica - ainda mais depois da expulsão de Di María - em grande parte dos avanços do Paris Saint-Germain e psicológica, visto que os jogadores do clube francês ficavam muito nervosos à medida que o tempo passava e pouco incomodavam os donos da casa, que cravaram vaga na final com méritos de sobra.
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